Um excelente filme.
Nele, encontramos as diversas faces da educação: uma turma aparentemente heterogênea, mas que na verdade possuem problemas em comum; uma escola que finge não vê seus alunos e uma professora que decide mudar a realidade que ali se encontrava.
OS ALUNOS
Com suas vidas difíceis, repleta de violência dentro e fora de casa, sem perspectiva de vida, convivem com a morte, prisão, etc.
Muitos frequentam a escola por serem obrigados judicialmente, contudo nenhum deles enxerga aquele ambiente como algo que lhe proporcione um futuro, como uma possibilidade de ampliar seus conhecimentos, já que muitos pensam de forma restrita e levam uma vida sem perspectiva de um futuro melhor. Até que se deparam com uma professora que irá mudar seus olhares sobre si mesmos e sobre o mundo.
A GESTÃO
Acredita que para aquela situação não há solução, dá as costas e fecha os olhos para a realidade com que se depara todos os dias.
Evita promover ações que venham a alterar a a situação, falta de estímulo, incompetência, desistência diante de dificuldades, etc.
A PROFESSORA
Erin Gruwell ou Dona G - como é chamada pelos alunos - em sua primeira experiência como professora chega a escola cheia de expectativas e se depara com uma turma problemática, porém diferentemente de muitos professores que desiste com as adversidades que encontram no percurso da profissão, Dona G lhes mostra uma visão diferente da deles sobre suas realidades, eles passam a perceber as semelhanças entre si e se encontram consigo mesmos.
Sua jornada começa após assistir cenas de violência, zombaria e preconceito durante sua aula, para tentar reverter o quadro ele se vê diante do nada, pois a própria escola finge não vê esses alunos, ela procura mover meios para poder lutar por aquilo que ela acredita.
Esta professora percebeu que a turma precisava muito mais que conteúdos, eles precisavam compreender a real natureza do mundo a sua volta. Ela dribla a gestão escolar, trabalha com os alunos de forma que eles se conheçam e conheçam seus colegas (gangues inimigas que estavam na mesma sala), despertou neles o interesse pelo aprendizado, o respeito, valores, perceberam que ali era um espaço que eles poderia se expressar e serem ouvidos, e tudo isso se refletia em suas vidas.
O empenho de Dona G. no filme Escritores da Liberdade nos faz pensar no que realmente é necessário em uma sala de aula, nós professores enfrentamos hoje uma realidade muito parecida com a do filme, o professor de hoje precisa entender o significado de sua profissão e como ela reflete em cada aluno que passa pelas suas mãos, precisam ser conscientes de seus atos, de sua tarefa, manter o respeito e valorizar seus alunos. Isto